A primeira Sugar Baby da história
No nosso último artigo, titulado “Quem foi o primeiro Sugar Daddy da história”, apresentei a origem do termo sugar daddy – vale a pena conferir 😉 Como já mencionei, a primeira Sugar Baby da história merece um artigo dedicado só a ela, uma vez que ela foi uma mulher foda – e isso é dizer pouco!
Diga-me: como é que alguém vai de filha de imigrantes pobres a socialite em poucos anos? Arranjando um cara rico, ora. Mulheres vêm fazendo algo parecido – preferindo homens de classe mais alta do que a delas – desde que classes existem. Este fenômeno tem nome: hipergamia, tema do nosso próximo artigo. Por mais que isso seja comum, uma americana entrou para a história por fazê-lo em grande estilo: Alma de Bretteville. Aqui lhes contaremos como.
Alma de Bretteville Spreckels
O que diz um nome? No caso de Alma de Bretteville Spreckels (1881 – 1968), muito. O seu nome de batismo era Alma Charlotte Corday le Normand de Bretteville. Quem prestou atenção às aulas de história sabe o que um nome longo como este indica: nobreza.
Os pais dela eram descendentes da dinastia franco-dinamarquesa, mas isso não os poupou da pobreza que os atingiu depois de imigrarem para São Francisco, Califórnia. Como o pai dela nasceu com o rei na barriga e se recusava a trabalhar, foi a mãe dela que teve que suar muito para garantir o sustento da família. Com 14 anos, Alma parou de estudar e começou a ajudar a mãe na sua lavanderia/padaria/casa de massagens. Obviamente, ela não parou por aí.
De nobre decadente a primeira Sugar Baby
O desejo de sempre ter tudo do bem e do melhor sempre correu no sangue desta família. Para poder proporcionar-se o estilo de vida que almejava, Alma recorreu à sua criatividade. Seguiu o seu amor pelas artes e se inscreveu no que hoje é o Instituto de Artes de São Francisco. Lá, começou a ganhar um dinheiro extra como modelo vivo. Se hoje nu artísticos ainda causa certo estranhamento, imagine 100 anos atrás!
FUN FACT: Alma sempre deu o que falar. Um dos motivos foi um processo contra o seu ex-noivo por – pasmem! – “defloração pessoal”. Naqueles tempos, virgindade era um bem e ela sabia o seu valor.
Foi através da arte que ela conheceu o seu futuro marido, Adolph Spreckels. Ele foi quem deu o voto de minerva na escolha da estátua que viria a ocupar o centro da praça Union Square (foto à direita), em São Francisco. Adivinha quem foi a modelo da estátua vencedora? Alma, é claro.
Adolph se apaixonou por ela e pediu-a em casamento cinco anos mais tarde. Como ele era dono da maior refinaria de açúcar dos Estados Unidos daquela época e 24 anos mais velho, ela se referia carinhosamente a ele como “sugar daddy”, que virou um termo em si. Com o tempo, os jornais da época começaram a chamá-la, por extensão, de “sugar baby” e o resto é história.
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